Letra Reza Vela de Rappa O original
Reza Vela (O Rappa, Rodrigo Valle e Marcos Lobato) a chama da vela de reza direto com o santo conversa ele te ajuda te escuta num canto coladas no chão as sombras mexem pedidos e preces viram cera quente a fé no sufoco da vela abençoada no dia dormido o fogo já não existe eles saíram do abrigo são quase nada a molecada corre ninguém tá triste se tudo move se o prédio é santo se é pobre mais pobre fica vira bucha de balão ao som de funk e apertada a tua vida a tua avenida a cera foi tarrada não se admire tá no céu o balão de bucha cera santa não espere o tiro apenas mire depois da bença o peito amassado é hora do cerol é hora do traçado quem não cobre fica no samba atraves sado sobe alto balão no céu rezado todo camburão tem um pouco de navio negreiro (letra: Marcelo Yuka, música: O Rappa) tudo começou quando a gente conversava naquela esquina alí de frente àquela praça veio os zomens e nos pararam documento por favor então a gente apresentou mas não paravam qual é negão? Qual é negão? o que que tá pegando? qual é negão? Qual é negão? é mole de ver que em qualquer dura o tempo passa mais lento pro negão quem segurava com força a chibata agora usa farda engatilha a macaca escolhe sempre o primeiro negro pra passar na revista pra passar na revista todo camburão tem um pouco de navio negreiro todo camburão tem um pouco de navio negreiro é mole de ver que para o negro mesmo a AIDS possui hierarquia na África a doença corre solta e a imprensa mundial dispensa poucas linhas comparado, comparado ao que faz com qualquer figurinha do cinema comparado, comparado ao que faz com qualquer figurinha do cinema ou das colunas socias todo camburão tem um pouco de navio negreiro todo camburão tem um pouco de navio negreiro tribunal de rua (letra: Marcelo Yuka, música: O Rappa) a viatura foi chegando devagar e de repente, de repente resolveu me parar um dos caras saiu de lá de dentro já dizendo, aí compadre, você perdeu se eu tiver que procurar você tá fudido acho melhor você ir deixando esse flagrante comigo no início eram três, depois vieram mais quatro agora eram sete samurais da extorção vasculhando meu carro metendo a mão no meu bolso cheirando a minha mão de geração em geração todos no bairro já conhecem essa lição eu ainda tentei argumentar mais tapa na cara para me desmoralizar tapa na cara pra mostrar quem é que manda pois os cavalos corredores ainda estão na banca nesta cruzada de noite encruzilhada arriscando a palavra democrata como um Santo Graal na mão errada dos homens carregada em devoção de geração em geração todos no bairro já conhecem essa lição o canudo fugiu, refletiu o lado ruim do Brasil nos olhos de quem quer (quem quer) ir me viu único civil rodeados de soldados como se eu fosse o culpado no fundo querendo estar na margem do seu pesadelo estar acima do biotipo suspeito mesmo que seja dentro de um carro importado com um salário suspeito endossando a impunidade à procura de respeito mas nesta hora só tem sangue quente e quem tem costa quente inteligente peitar o fardado alucinado mas não é sempre que te agride e ofende para levar alguns trocados era só mais uma dura resquício da ditadura mostrando a mentalidade de quem se sente autoridade neste tribunal de rua tumulto (Marcelo Yuka, O Rappa) eu sempre penso duas vezes antes de entrar mas tem certos momentos que atingem o inconsciente popular tumulto corra que o tumulto está formado vem cá, vem vê, vem cá, vem vê que dentro do tumulto pode estar você panela batendo, toca fogo no pneu, põe barricada velhos, senhoras e crianças a mulecada pula debocha e dá risada parece brincadeira, mas não é a comunidade não aguenta mais tanto tempo tanto tempo sem água tudo bem ele era o bicho, mas saiu daqui inteiro e até chegar no hospital ganhou três tiros no peito e a galera daqui fez igual fizeram em Vigário Geral todo mundo pra rua aumentar o som pra causar algum tipo de repercussão quando o monstro vem chegando chegando, chegando e ameaçando invadir o seu lar